Na Califórnia, Charles costumava pescar em Catalina na companhia de amigos, entre eles o médico inglês, Dr Cecil Reynolds. Depois de passar uns dias pescando,Charles recebe a notícia de que o estado de saúde de sua mãe havia melhorado e, assim, decidiu trazê-la para a Califórnia. Pediu a um amigo, Tom, que fosse a Inglaterra para acompanhá-la na viagem que ela faria de navio. Hannah foi colocada na lista de passageiros com um nome falso.Durante toda a viagem, manteve -se em estado absolutamente normal. Contudo, causou preocupação ao seu acompanhante, no momento em que, ao chegar a Nova York ,descobriram que aquela senhora miúda e magrinha era a Sra Chaplin e um funcionário da imigração a saudou: " Muito bem, Sra Chaplin! Imenso Prazer! Então a Sra é a mãe de nosso famoso Charlie"? Calmamente Hannah respondeu:" Sim. E o senhor é Jesus Cristo". O funcionário olhou surpreso para Tom e pediu que ambos aguardassem para serem liberados. Depois de algumas exigências burócraticas, o Departamento de Imigração permitiu a entrada de Hannah Chaplin nos Estados Unidos, com a condição de que ela tivesse seu visto de permanência renovado a cada ano e que não fosse onerosa ao país.
Charles e Hannah não se viam por 10 anos. Ele e Sydney haviam preparado tudo para receber a mãe.Ela viveria perto deles, num bangalô, na companhia de um casal que cuidaria da casa e de uma enfermeira diplomada, contratada para cuidar exclusivamente dela.Todas as noites, Hannah recebia a visita dos filhos que costumavam jogavam com ela. Durante o dia, ela fazia piqueniques e passeios em seu carro e algumas vezes, era levada ao estúdio, onde Charles lhe exibia suas comédias.
De volta à terra natal O enorme sucesso de O Garoto não aplacou a preocupação de Charles com relação a seu trabalho. Ele ainda deveria produzir mais quatro filmes para a First National.Buscando idéias para realizar alguma coisa, andava pelos galpões da contra-regra do estúdio, entre restos de velhos cenários, desejando encontrar um objeto que o inspirasse. Quando finalmente seus olhos bateram nuns tacos de golfe, surgiu a idéia de levar o Vagabundo a praticar aquele esporte. Foi ali que nasceu The Idle Class ( A Classe Ociosa), onde o personagem acaba entrando numa festa à fantasia, misturando-se aos convidados ricos caracterizados como vagabundos. Assim, confundido com um ricaço, decide gozar de todos os prazeres da vida dos milionários.
A Classe Ociosa
Depois de completar seu trabalho, procurou realizar um outro filme, mas não sabia o quanto estava cansado.As idéias não brotavam como desejava e, nos últimos meses, passara a sentir um grande desejo de visitar Londres.Um dos motivos para aquela viagem era rever Hetty Kelly, sua primeira paixão de adolescente. Recebera uma carta dela. Estava casada e queria saber se ele gostaria de vê-la, caso fosse a Londres. Havia se passado 10 anos desde que se encontraram pela última vez. Charles considerou que " nesse espaço de 10 anos, eu me havia apaixonado várias vezes e esquecido os meus afetos outras tantas". mas estava decidido a ir a Londres . E a visitar Hetty!
Assim,tomou um navio rumo à sua terra natal. A bordo, lia os jornais que recebia pela manhã em sua cabine.
As manchetes anunciavam a sua volta, prometendo uma recepção estrondosa ao " filho" que regressava ao lar. Mas alguma notas sobre Charles também o criticavam por estar de volta ao aeu país tanto tempo depois, deixando de estar presente na época da guerra, preferindo fazer " palhaçadas diante de uma câmera" do que empenhar uma arma em "máscula peleja".
Quando o navio atracou no cais de Southampton, Charles foi levado às pressas para o trem rumo a Londres. No compartimento do trem, encontrou-se com Arthur Kelly, irmão de Hetty. Ao informar que havia recebido uma carta dela, convidando-a para um jantar em sua casa, Charles recebe a notícia de que ela havia morrido recentemente. Sentiu-se chocado. " Hetty era a única pessoa amiga do passado que eu gostaria de reencontrar, sobretudo em circunstâncias tão fantásticas"...
Chaplin só tomou ciência da extensão de sua popularidade internacional ao chegar em Londres. Charles Chaplin, o menino mal vestido que havia abandonado a escola e usado suas garras para sair das favelas de Londres,retornou triunfalmente à sua terra natal, onde foi aclamado por uma multidão ansiosa para ver seu ídolo pessoalmente.
De volta a Londres, 1921 No meio da multidão
Em Londres, de vez em quando, ele conseguia deixar o hotel, pela porta dos fundos, para visitar incógnito, os lugares onde passara sua infância e adolescência.
Muito se escreveu sobre a profunda melancolia e a propensão ao isolamento que acometiam Chaplin, mas ele considerava isso uma grande tolice, declarando que gostava da companhia de amigos, quando estava com disposição para estar com eles. Alternando períodos de extroversão e introversão, neste último estado de ânimo queria ficar sozinho, longe de aglomerados de amigos e conhecidos. Ainda na Europa,esteve na França e na Alemanha.
Em Paris, também foi recebido de maneira majestosa. Mas em Berlim se decepcionou. Ali ele ainda não era bem conhecido, já que a guerra havia atrasado a distribuição de seus filmes na Alemanha.
De volta a Hollywwod, foi visitar Hannah e encontrou-a muito bem, feliz ao saber sobre como ele fora bem recebido em Londres.
Nos dois anos seguintes, Chaplin produziu Pay Day( Dia de Pagamento) em 1922 e The Pilgrim( Pastor de Almas) em 1923.
Com Edna Purviance em Dia de Pagamento
Chaplin, o Pastor de Almas
Charles na United Artist
Finalmente Charles terminou seu contrato com A First National. Poderia, então, trabalhar na nova empresa, a United Artist, que formara em sociedade com Douglas Fairbanks, Mary Pickford e D.W. Griffith.
Douglas, Mary, Chaplin e D.W. Griffith na United Artist
Convidado por um amigo para um jantar oferecido a escultora Clare Sheridan, sobrinha de Winston Churchil,esta combinou com Charles de fazer o busto dele. Clare foi a primeira inglesa a entrar na Rússia, depois da revolução, para fazer bustos das principais figuras do partido bolchevista, como Lenin e Trotsky.Assim, em sua casa, Chaplin posou, por vários dias, depois do almoço até a tardinha.
Chaplin em escultura
Em Hollywood continuava a ser um solitário.Trabalhando em seu próprio estúdio, tinha pouca oportunidade de fazer novos amigos, entre os que trabalhavam em outros estúdios. Sua salvação em matéria de convívio eram Douglas Fairbanks e sua então esposa, Mary Pickford.
Aos que comentavam sobre sua personalidade tristonha, Charles declarou em sua autobiografia: " Já se escreveu muita tolice sobre minha profunda melancolia e propensão ao isolamento. Eu não precisava talvez de tantos amigos como eu tinha- a celebridade os atrai indiscriminadamente. Gosto da companhia de amigos como gosto de música- quando estou em boa disposição para isto... Daí estes artigos sobre minha índole retraída, arredia e incapaz de verdadeira amizade.Bobagem. Possuo uns poucos amigos excelentes que me alegram a vida. Estar com eles é coisa que quase sempre me encanta".
Somerset Maugham, romancista e dramaturgo, escreveu, certa vez, a sobre a personalidade de Chaplin: " Charles Chaplin...Diverte-nos com sua graça leve,simples, espontânea. Todavia, sempre causa a impressão de que traz no íntimo uma profunda melancolia... Não dá idéia de ser um homem feliz. Desconfio que sente a nostalgia dos cortiços. A fama de que desfruta e a sua riqueza o condenam a um estilo de vida que o constrange"...
Chaplin reagiu a este comentário desabafando, mais tarde:" É desagradável essa história de atribuir-se a outrem, encantamento pela penúria que enfrentou. Ainda não encontrei um só pobre que sentimentalize a pobreza ou que nela encontre libertação. Nem poderia o Sr Maugham convencer a nenhum necessitado de que fama e grande fortuna são motivos de constrangimento... Nunca achei a pobreza atrativa nem edificante. O que ela me ensionou foi só uma distorção de valores, a superestimar as virtudes e os refinamentos dos ricos e das pretensas elites sociais... eu sou o que eu sou... com uma história em que se encadeiam tendências e impulsos ancestrais: uma história de sonhos, desejos e de experiências próprias, sendo eu a soma de tudo isso".
Seu primeiro trabalho para a United Artist foi A Woman of Paris( Casamento ou Luxo), em 1923 foi o último a ser estrelado por Edna Purviance.
Charles inspirou-se na história de vida de uma famosa beldade que surgira em Hollywood- Peggy Hopkins Joyce - conhecida por casa-se r com milionários para arrancar dinheiro deles no divórcio. Ela tentou o mesmo com Chaplin, mas quando viu que ele não estava interessado nela, se afastou para buscar outras presas. E Charlie ganhou uma história às suas custas. O filme foi sucesso apenas entre a platéia mais refinada. Chaplin aparece em cena rapidamente, não como o Vagabundo, mas no papel de um carregador de malas numa estação de trem. E, assim, experimenta seu primeiro fracasso comercial, já que o público não comparece para assistir um filme de Charles Chaplin sem seu mais célebre personagem.
Edna Purviance em Casamento ou Luxo
Algum tempo antes de Charles terminar A Woman of Paris, a atriz Pola Negri surgiu em Hollywood.Charles havia se encontrado com ela, pela primeira vez,em Berlim. Por isso, sentiu-se surpreso e lisonjeado quando, ao revê-la, num concerto sinfônico no Hollywood Ball, ela lhe perguntou porque não havia lhe telefonado antes, já que viera a Hollywood só para vê-lo. Logo começariam os rumores a respeito de um possível relacionamento amoroso entre Charles e Pola.
Pola e Chaplin jogando golfe
Pola Negri e Chaplin anunciando seu noivado à imprensa,
em 28 de janeiro de 1923
Depois da decepção com seu primeiro trabalho na United, Charles ansiava por fazer algo que tivesse o mesmo sucesso de O Garoto. Queria fazer uma comédia, mas as idéias não lhe apareciam facilmente. " Na criação de comédia, por mais paradoxal que isso pareça, o senso do ridículo é estimulado pela tragédia; pois o ridículo, creio eu, contém um desafio: devemos rir de nosso desamparo na luta contra as forças da natureza... para não enlouquecer".
Para realizar seu próximo filme, Charles baseou-se num livro que havia lido sobre um grupo de imigrantes que, à procura de um lugar ao sol no Oeste da América, vê o trem em que viajavam ser bloqueado pela neve nas montanhas de Sierra Nevada. Dos 160 pioneiros, só 18 conseguiram sobreviver à fome e ao frio. Uns praticaram o canibalismo, comendo os cadáveres dos companheiros e outros assando seus sapatos para saciar a fome.
Evocando aquela tragédia, Charles produz The Gold Rush( Em Busca do Ouro), onde o vagabundo vai tentar a sorte no Alasca, na "febre do ouro" , em busca da riqueza e felicidade.
Durante as filmagens, Charles casa-se pela segunda vez.Sobre este casamento, Charles não forneceu maiores detalhes em sua autobiografia. " Não entro em pormenores, porque temos dois filhos que adoro. Ficamos casados por dois anos e tentamos continuar, mas não houve jeito e tudo acabou com muita amargura", citou Charles em seu livro. Contudo, sabe-se que sua segunda esposa chamava-se Lillita McMurray. Ela e sua mãe sempre confiaram na estratégia tática de uma gravidez para conseguir um casamento forçado . Desta feita o escolhido foi um Chaplin muito menos crédulo e muito mais desconfiado. Lillita havia participado do filme O Garoto quando tinha 12 anos, interpretando o papel de um anjo.
Lillita em O Garoto
Antes de completar 16 anos, foi contratada por Chaplin, em março de 1924. Por sugestão dele, ela recebeu o nome artístico de Lita Grey.
Lillita assinando contrato com a United Artist
Chaplin buscava uma nova protagonista para substituir Edna Purviance e sentiu que Lita era perfeita para o papel que idealizara. Iniciou-se um romance entre os dois. Durante as filmagens de Em Busca do Ouro, Lita engravidou, sendo substituída pela atriz Georgia Hale. Charles decidiu se casar com Lita. Mais do que por amor, a decisão foi movida pelo receio de ser condenado e preso por manter relações sexuais com uma menor de idade. Assim por partiu com Lita para o México, onde se casaram em 26 de novembro de 1924. Ela tinha 16 anos e ele, 36.
Charles e Lita no dia seguinte ao seu casamento
Em Busca do Ouro foi o filme de Chaplin que lhe deu maior renda.Seu orçamento foi também um dos mais caros.
Cenas como a famosa dança dos pãezinhos e de um faminto Vagabundo saboreando suas botas-feitas de alcaçuz, por um confeiteiro especializado- são consideradas uma preciosidade entre os trabalhos de Charles Chaplin.
Saboreando suas botas
Dirigindo uma cena do filme Em Busca do Ouro
Charles, o diretor, por trás das câmeras
Em Busca do Ouro foi lançado no Strand Theatre, em Nova York e rendeu, nada menos que 6 milhões de dólares. Após a estréia, em seu quarto do Hotel Ritz, Charles se sentiu mal e telefonou a um amigo, pedindo-lhe que chamasse por seu advogado, pois desejava fazer seu testamento. O amigo chamou os dois, mas só o médico atendeu, já que seu advogado se encontrava na Europa. Examinado, foi constatado que tivera uma crise nervosa, sendo recomendado a sair do calor de Nova York.Charles passou dois dias descansando em Brighton Beach. Quando se sentiu melhor, voltou a Nova York.
A realização do filme foi de dezembro de 1923 a maio de 1925. Charles Spencer Chaplin- segundo filho de Charles Chaplin e o primeiro com Lita Grey - nasceu em 5 de maio de 1925. Dez meses depois, em 31 de março de 1926, Charles e Lita se tornaram pais mais uma vez, com o nascimento de Sydney Earle Chaplin.
Charlie, Lita e Sydney
Charles entre Charles Jr e Sydney
O casamento de Charles e Lita terminou em 22 de agosto de 1927. O divórcio foi um dos mais sensacionais eventos da época e também um dos mais lucrativos na história americana. Chegou a ser considerado a " segunda busca do ouro"
. Penosamente recordando suas duas primeiras experiências - com Mildred Harris e Lita Grey - Chaplin mais tarde disse: "O casamento é a morte mais rápida da individualidade do homem." Quanto à questão de Charles ter ou não se aproveitado de uma adolescente que largara a escola, o comediante Will Rogers, brincou: "Esta menina não precisa de ir à escola. Qualquer garota inteligente o suficiente para se casar com Charlie Chaplin pode fazer palestras na Universidade de Vassar sobre "Como se Aproveitar das Suas Oportunidades". Recordando o início de seu romance com Chaplin , anos mais tarde, Lita declarou: "Eu não tinha idade suficiente nem era brilhante o suficiente para saber o que os sentimentos que eu tinha para com ele tinham a acrescentar. O que uma menina bonita, de 15 anos,com uma conversa de quinze anos poderia ter que interessasse a ele"?Chaplin lembrava-se que "sua mãe deliberadamente e continuamente colocava Lita no meu caminho. Ela incentivou as nossas relações."
Quando sua vida pessoal deteriorou-se , transformando-se em um caótico circo, Chaplin tentou recuperar seu impulso criativo e lidar com seu profundo sentimento de humilhação ,filmando The Circus ( O Circo) em 1928. O enredo do filme se direcionava para a sua ansiedade artística causada pelas pressões para que ele se tornasse engraçado, Naquele momento, após seu divórcio, ele via sua vida pessoal sendo explorada por uma notória pubicidade negativa. A peça central em O Circo consiste na sequência de um pesadelo em que Chaplin — um palhaço de circo - involuntariamente se ridiculariza em público, ao ser apanhado com suas calças arriadas. Em sua atuação na corda bamba, Carlitos, a suposta estrela do show, é atacado por macacos que lhe rasgam a calça enquanto o público, chocado e aterrorizado,assiste como ele balança, tentando executar seu número de equilíbrio, com suas calças nos tornozelos (e sem rede de segurança para protegê-lo).
Chaplin em O Circo
Charles em apuros numa jaula
Charles, no piano, executando parte da trilha sonora
do filme O Circo
A atriz protagonista de O Circo foi Merna Kennedy que havia sido apresentada anteriormente a Chaplin por sua amiga Lita Grey. Merna era dançarina e suas pernas musculosas a ajudaram a fazer, no filme, a cena em que se equilibrava sobre um cavalo.
Merna Kennedy
Carlitos dividindo sua comida com a equilibrista, em O Circo
Este filme deu a Chaplin o seu primeiro prêmio da Academia (ainda não chamado Oscar). Ele lhe foi entregue na primeira cerimônia de apresentação, em 1929. Um prêmio especial por sua versatilidade e genialidade como autor, ator, diretor e produtor. O filme certamente mereceu aquela honraria . Ele contém algumas das melhores invenções cômicas de Chaplin,sutilmente equilibradas com boas doses de sentimentalismo. Mas, paradoxalmente, porém, é o único filme de suas produções sobre o qual Chaplin não menciona, uma única vez, em sua extensa autobiografia. Parecia que aquele foi um filme de que ele preferia esquecer.
Carlitos se exibe para a equilibrista
A razão não foi o filme em si, mas as circunstância profundamente preocupantes duran-te a sua realização. Os advogados de Lita, buscaram todos os meios para arruinar a carreira de Chaplin, tentando manchar sua reputação. No auge da batalha jurídica, Charles teve que interromper, por 9 meses (de 5 de dezembro de 1926 a 3 de setembro de 1927), as filmagens, já que os advogados de sua ex-esposa tentaram se apossar de objetos do estúdio.Chaplin foi forçado a esconder seus filmes num local seguro.
Como se seus problemas domésticos não fossem suficientes, o filme parecia destinado a um fim catastrófico.
Cabelos mal tingidos
(Em decorrência dos inúmeros problemas pessoais que
enfrentava, durante as filmagens de O Circo, os cabelos grisalhos de Chaplin
tornaram-se quase totalmente brancos. Ele recorreu à tintura para escondê-los, mas nesta foto pode se notar que o trabalho não foi bem feito).
Mesmo antes das filmagens começarem, a grande tenda do circo, montada no estúdio, foi destruída pelos ventos fortes.
No centro do estúdio, a tenda de O Circo
Depois de quatro semanas de filmagens, Chaplin descobriu que o trabalho de laboratório não havia ficado bem feito, prejudicando grande parte da filmagem. E, para piorar toda aquela situação desgastante, um incêndio no estúdio, destruiu peças dos cenários e vários adereços.
Durante as filmagens de O Circo, mais um golpe abate Charles Chaplin. Hannah teve uma crise de vesícula, necessitando ser internada.Ela já apresentara o problema antes, mas se havia se recuperado. Desta vez, os médicos previniram a Charles de que o caso era grave e ela não poderia ser operada por causa da frágil coração.
. No dia seguinte,28 de gosto de 1928, quando se encontrava em seu estúdio, Charles recebeu a notícia de que sua mãe havia falecido.Ela havia completado, 17 dias antes, 63 anos. Sydney que se encontrava na Europa, enfermo, não pode comparecer ao funeral.
Hannah Chaplin por volta de 1925
Mãe e filho
Sobre sua mãe Charles diria, tempos mais tarde: " Apesar da miséria em que fomos forçados a viver, ela manteve Sydney e eu fora das ruas e nos fez sentir que não éramos produtos comuns da pobreza, mas seres únicos e dintintos".
Embora a causa médica fundamental da doença de sua mãe não fosse a exaustão de trabalho, a inanição ou desnutrição crônica — todos os três fatores , sem dúvida, contribuíram para seu colapso emocional. Por razões que são completamente compreensíveis, Charlie Chaplin manteve-se calado sobre a real causa de psicose crônica de Hannah (que continuou por muitos anos depois, quando ela já não mais necessitava teve que lutar para ganhar a vida ou encontrar comida).De acordo com seu amigo pessoal e confidente Jerry Epstein, Charles estava totalmente ciente a respeito da misteriosa condição médica de sua mãe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário